DEPARTAMENTO REGIONAL
DA PARAÍBA
PROGRAMA
DE EDUCAÇÃO BÁSICA E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – EBEP
UNIDADE
ESCOLAR: CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO PEDRO FRANCISCANO DO AMARAL
Leitura Obrigatória
Disciplina: História
Professora: Jessyka Sá
E se fez a Luz!
Jessyka Alves de F. Sá
Quando se fala em Iluminismo uma das primeiras palavras que surgem
em nossa mente é luz, iluminação, mas será que essas palavras
ajudam a compreender o que foi o Iluminismo? Segundo o dicionário Priberam
on-line (http://www.priberam.pt/DLPO/luz)
luz é: “o que, iluminando os objetos os torna visíveis”. Ainda pensando nesse
conceito de luz, o que será que esse movimento iluminou? O que ele tornou
visível? O movimento Iluminista baseou-se, essencialmente, em enxergar o mundo
a partir da razão, da racionalidade; sendo assim podemos dizer
que o Iluminismo é o que iluminou o mundo, tornando-o compreensível por meio da
razão.
Mas quando essa forma de pensar começou e por que ela começou? Para
fornecer respostas efetivas a essas questões é essencial a compreensão do
contexto histórico do século XVIII, no continente europeu. Nesse período,
grande parte da Europa vivia no que se denomominou Antigo Regime, que
foi um sistema político, social e econômico estruturado no final da Idade Média
e que predominou até o século XVIII. O Antigo Regime era marcado politicamente
pelo Absolutismo Monárquico; socialmente pela divisão da sociedade em
estamentos (Primeiro, Segundo e Terceiro Estado, principalmente, na França) e
economicamente pelo sistema
mercantilista. Essa sociedade também convivia com uma autoridade
religiosa muito forte, principalmente, naqueles países onde a Igreja Católica estava
presente.
No século XVIII, influenciados pelos avanços decorrentes do
Renascimento, surgiram pensadores que se contrapunham ao Antigo Regime. Mais do
que isso, consolidava-se e se fortificava uma classe social que tinha interesse
em mudanças políticas, sociais e econômicas, a burguesia. Para
compreender o Iluminismo, é necessário compreender o pensamento de alguns
teóricos. John Locke (Inglaterra, 1632-1704) é considerado o “pai do
iluminismo” condenava, principalmente, o absolutismo (cria a teoria do direito
à rebelião); Voltaire (França, 1694-1778) condenava, principalmente, o
clero católico; Montesquieu (França, 1689-1755) defendia a tripartição
de poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), Rosseau (França,
1712-1778) defendia a soberania do povo, ous seja, o governante deveria
gerir o Estado de acordo com a vontade do povo.
É importante destacar que o Iluminismo não foi um Movimento único, ou
seja, não teve um Manifesto ou algo que o unificasse, os pensadores, inclusive,
discordavam em alguns pontos, porém havia valores em comum, no geral, defendiam
a capacidade humana para modificar e compreender o mundo (Humanismo), a
razão (racionalismo), o progresso e eram contra o Clero (Anticlericalismo)
e o absolutismo monárquico (Antiabsolutismo).
Referências:
SILVA, Kalina
Vanderlei; Silva, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos.
São Paulo: Contexto, 2009.
O Iluminismo:
pensadores e características. Disponível em: <http://www.sohistoria.com.br/resumos/iluminismo.php>
Acesso em: 18 Fev. 2015.