terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

E se fez a Luz !




SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA
DEPARTAMENTO REGIONAL DA PARAÍBA
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO BÁSICA E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – EBEP
UNIDADE ESCOLAR: CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO PEDRO FRANCISCANO DO AMARAL

Leitura Obrigatória
Disciplina: História
Professora: Jessyka Sá

E se fez a Luz!
Jessyka Alves de F. Sá

Quando se fala em Iluminismo uma das primeiras palavras que surgem em nossa mente é luz, iluminação, mas será que essas palavras ajudam a compreender o que foi o Iluminismo? Segundo o dicionário Priberam on-line (http://www.priberam.pt/DLPO/luz) luz é: “o que, iluminando os objetos os torna visíveis”. Ainda pensando nesse conceito de luz, o que será que esse movimento iluminou? O que ele tornou visível? O movimento Iluminista baseou-se, essencialmente, em enxergar o mundo a partir da razão, da racionalidade; sendo assim podemos dizer que o Iluminismo é o que iluminou o mundo, tornando-o compreensível por meio da razão.
Mas quando essa forma de pensar começou e por que ela começou? Para fornecer respostas efetivas a essas questões é essencial a compreensão do contexto histórico do século XVIII, no continente europeu. Nesse período, grande parte da Europa vivia no que se denomominou Antigo Regime, que foi um sistema político, social e econômico estruturado no final da Idade Média e que predominou até o século XVIII. O Antigo Regime era marcado politicamente pelo Absolutismo Monárquico; socialmente pela divisão da sociedade em estamentos (Primeiro, Segundo e Terceiro Estado, principalmente, na França) e economicamente pelo sistema  mercantilista. Essa sociedade também convivia com uma autoridade religiosa muito forte, principalmente, naqueles países onde a Igreja Católica estava presente.
No século XVIII, influenciados pelos avanços decorrentes do Renascimento, surgiram pensadores que se contrapunham ao Antigo Regime. Mais do que isso, consolidava-se e se fortificava uma classe social que tinha interesse em mudanças políticas, sociais e econômicas, a burguesia. Para compreender o Iluminismo, é necessário compreender o pensamento de alguns teóricos. John Locke (Inglaterra, 1632-1704) é considerado o “pai do iluminismo” condenava, principalmente, o absolutismo (cria a teoria do direito à rebelião); Voltaire (França, 1694-1778) condenava, principalmente, o clero católico; Montesquieu (França, 1689-1755) defendia a tripartição de poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), Rosseau (França, 1712-1778) defendia a soberania do povo, ous seja, o governante deveria gerir o Estado de acordo com a vontade do povo.
É importante destacar que o Iluminismo não foi um Movimento único, ou seja, não teve um Manifesto ou algo que o unificasse, os pensadores, inclusive, discordavam em alguns pontos, porém havia valores em comum, no geral, defendiam a capacidade humana para modificar e compreender o mundo (Humanismo), a razão (racionalismo), o progresso e eram contra o Clero (Anticlericalismo) e o absolutismo monárquico (Antiabsolutismo).


Referências:

SILVA, Kalina Vanderlei; Silva, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos. São Paulo: Contexto, 2009.
O Iluminismo: pensadores e características. Disponível em: <http://www.sohistoria.com.br/resumos/iluminismo.php> Acesso em: 18 Fev. 2015.